Recebi um dia, da minha amiga, amada e adorada,
uma epistola, na qual nela, datava ela, a minha genialidade, a minha educação, e o prazer
dela ser louvada e exaltada por um amor tão doce, mas, que, entretanto, não
poderia ofertar o seu amor e ainda disse que neste vasto campo eu encontraria
uma bela moça merecedora do meu sentimento. Eis que pego como título da
discórdia da alma, as folhas múltiplas, que são os espíritos femininos, porque,
quem sabe, no meio de tantas múltiplas folhas, possa fecundar a ímpar flor que
me fará sucumbir e outra vez, voltar ao meu primeiro grande amor inocente.
O estranho! O explicado! A tradição de um gosto na
figuração de um sonho! É dramático, o coração que ama viver submerso, como o
gravador de uma delícia, e que não acontece? Nos sonhos temos a cor, os
sentidos, os movimentos, mas nunca o seu sabor! A raiz forma a árvore, essa se
orna com folhas, flores e frutos. A sua seiva fortalece o seu viço e, nas suas
folhagens, eis que canta o pássaro solitário, olhando a beleza daquela que o
sustenta.
A solidão, a dor e as lágrimas que caem como
declaração de sofrimentos. “Ah! Eu posso voar!” Assim pensa a ave solitária. Mas
como? Como voaria se o seu céu não mais faz a sustentação da sua grandeza?
Voaria para onde? Pois aquilo que fazia que seus voos fossem brilhantes,
fugiu-se e a sua inspiração, sem ritmo, mobilizam as suas asas sem criação
artística!
E à sombra da árvore bela dorme o moço! A febre
dos seus delírios treme na sua face que brinca com o encanto sonhado. O sol que
desponta nos seus lábios, aquecem as bolinhas de sabão que são pipocadas pelo o
sopro do seu hálito! São círculos que se formam, e em cada uma dela navega os
seus sonhos. O espírito solene apregoa aos seus sonhos gorjeios de
descansos.
Há uma inquietação na forma como me olha
O mundo sensível e acessível à alma
jorra
Doces fenômenos líricos, onde te debate e
chora
O fogo arde à razão que no teu seio
devora
O meu ideário é sentir as delibações dos
processos intensos da instituição que é o AMOR. Sentindo as suas marcas que
operam nas composições dos seus abalos, dos seus tremores, oriundo do seu
significado e dos seus “AIS” poéticos. Não quero renovar o seu conteúdo, pois
depende de cada língua, refinada, buscar o equilibro nos recursos variados que
têm os sentimentos. No olhar, nos toques e até mesmo nos sonhos se determinam a
influência sútil da força das fontes criadoras que é o amor.
Uma composição, revelando, claramente, os seus
traços de destaques, a sua elevação, sensação e o seu maior monumento: o seu
gosto.
Eu amei um dia, ou, quisera eu amar um
dia?!
O fato é que eu me entreguei, assim que a vi,
aos meus primeiros sonhos! Uma perspectiva escriturada foi posta nas formas dos
meus sorrisos. Eis que a minha percepção, subiu-me como uma atração, tal como a
mariposa sente pela a luz, assim comigo também aconteceu. Pude senti no fogo
daquela luminosidade, o manifesto do coração, com os seus instintos, sentidos, a
atração incessante da fascinação irresistível daqueles olhos encantados e cheios
de viços.
No conflito entre a borboleta e o fogo, onde
ela, seduzida pelos os seus raios é consumida, pois, entrega-se ao magnetismo da
inebriante luz, assim fiz também, apenas uma diferença entre eu e a
borboleta, essa se entregou por completo, eu, apenas me queimei, mas consegui
sobrepor-me a ele, as suas ardências, respirando assim, depois o seu doce
gosto. A borboleta sedenta pelos os sinais das faíscas da luz foi levada ao martírio da loucura.
Nasceu assim em mim, um acústico perceptivo, de
significados pragmáticos, fala acentuada de entonações febris. A alma
inteligível se ligou as paisagens múltiplas e profundas do mundo sensível de
subjetividades, que fluíram, ativando nas suas descobertas, que o consciente do
meu espírito foi abalado, e, entregue a esses poderios de forças, apenas sorvi o
sonho da concretização do seu realizar que tanto ansiava o meu corpo.
Surgiram diante dos meus olhos, os espectros
privilegiados dos sentidos, manifestados através dos tremores, e os seus
efeitos, FEZ DESLOCAR a lógica notável das suas determinações pela a face do meu
SER, que distribuía na sua mente, os comunicados dos elementos de um mundo cheio
de novidades e doce desencadear do seu mover no meu seio.
Amei a moça porque dentro de mim foi articulado
o inesgotável, o profundo doce excessivo e movente, sentidos e ideias distintas
e domínio de exclusividade.
Estava eu frente a frente de uma dádiva que
tanto sonhara o meu coração. Foram moldados, ordenados, a minha mente, O belo
espírito feminino de leis e pensamentos que fazia uma metamorfose no meu EU.
Entregar-me-ia a razão dos juízos líricos e dos seus mecanismos de elaborações,
susceptíveis e de propósitos grandiosos, elevados símbolos de belezas.
Espontâneas formas da doutrina do amor que persuades a concepção de um
enamorado, que se entrega a sua volúpia e o desenvolver das suas ideias
sensatas. Eu, no jogo de princípios e consequências, deixei-me ser levado pelos
os símbolos, os signos do amor, e, a ele me permiti ser permeado pela a sua
linguagem, pela a sua voz e pelas as afecções dos seus sentidos interpretativos.
Observava eu aquela alma gentil, com aderência
nas suas formas e o belo jeito de olhar. Sua voz foi significativa, onde
inarticulados os meus suspiros dormiam, e pela a convecção dos seus discursos de
sons expressivos, ela arrebatou em mim, as temporalidades ativas e incessantes,
que fizeram os meus sonhos explodirem em devaneios, onde até hoje não tenho paz. Ufa! Sonhamos pelo o seu eterno.
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