quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SAUDADE... A EFETIVIDADE DOS DIÁLOGOS NA ALMA

   A efetividade dos diálogos na alma
     Ah! Saudades!
São fluídos que se ligam nos laços dos pensamentos, restituindo no coração, a seiva da sua eloquência, onde o seu pulsar hipnotizador, ler os sentidos, que são tocados, pelas as lágrimas ardentes que caem. É a emancipação do espírito que se desperta, e nesta adversidade, no forte da sua memória, é concedido o retorno da beleza e do cheiro que não morre: o amor e o seu rastro de essência…

     É inadiável! É longínquo! Unge o significado no meu seio. O doce que capta a luz de uma lembrança no súbito visionário dos meus olhos, e os seus íntimos fachos de brilhos, faz-me chorar.
“- Por que triste estás o teu coração”? – Pergunta-me aquela que me sondas e habita no sólio do meu espírito.
As reflexões são expostas e as análises do meu coração me trazem recordações que eu simplesmente a amo.
Oh! É a negação da minha luz! É o ser com a sua irradiação suprema e seu espírito que oscila nas pálpebras dos meus olhos!
Há uma separação das incursões dos meus sentidos na própria pele! Uma inquietude perpetua de uma alma caída sobre o seu ato!
“É a saudade” - Assim quer responder a voz da minha consciência. Por que a margem do rio saudoso me ver tecendo um arco-íris, logo empós o derramar das minhas lágrimas. O êxtase da saudade faz vibrar a minha oração e o seu místico de afabilidade, tende anular a pouca força que me resta. É ela que alude nas minhas súplicas! É o vértice vivo do meu olhar que nasceu quando eu andava por sobre as lágrimas de admiração que por ela senti. Com ela miraculosamente flutuei no olhar que nasceu contínuo de subjetividade, por não ser eu o conquistador, e sim, o conquistado.

     Estou suspenso! Entre o ser e o nada! Mas a esperança sustenta, consente os avolumados ais sedosos de espera.
“É a saudade” - Assim fala a luz corpórea da imagem que se apresenta como a face radiante. É o ser com a sua transparência no brilho dos meus olhos. Sou o homem que no seu existir, busca os extremos das suas medidas. A boca fala algo e na cisão do espírito se percebe uma infindável revelação. Uns profundos alvéolos de luzes que dão a consistência ótica do obscuro...
Rasga por dentro de mim a saudade! O amor que fascina e a sua eficaz justifica a permanência nas noites ardentes das palpitações de sonhos e desejos.
Oh! Fluido vital! Tu és o mensageiro, orientador e instrui os lúcidos ais da clarividência dos meus olhos que se encontram cheios de fluxos, que se ligam, aos etéreos voos dos meus sonhos!


     Ouve-se o cântico dos anjos:
“- É a saudade! É a saudade!”
É o estado de vigília! É o ouvir e sentir do invisível que desencadeia no íntimo a sua batalha! Sonâmbulos são os leves pormenores do estado do espírito, que recorre ao fenômeno do silêncio, para usufruir o leve ruído de uma gotejante delícia. O corpo adormece, mas não desaparece o esforço que se concentra na esperança da apurada essência que é a vida! É a vida que cede aos pensamentos a doce esperança do contínuo pulsar da seiva do espírito da sua espera.
“ - É a saudade! É a saudade! Assim cantam os anjos...
O espírito necessita do corpo para uivar e arranhar a carne. São impressões que se dispõem na concepção das suas necessidades, para a execução do seu voo celestial, entre assentos hinários e cânticos estridentes de louvores! Meu corpo vive o seu real e exprime o convite a beleza! Oh! Saudade! Quero subjugar-los, os teus dons, fasciná-los, as tuas luzes e publicar dentro de mim a superioridade das tuas comunicações e afastar de vez, os receios, provar-lhes que o meu censo se apodera da evolução do meu coração, que não é mais incrédulo e sempre sorri na grande espera das manifestações das tuas línguas, ó saudade! É o louvor que proclamas no meu ser o teu sobrenatural.

     A minha língua é inconsciente, mas o teu cheiro é efetivo e as mensagens simbólicas que vêm pelo o meu respirar interpretam as reações dos teus juízos e teus fundamentos.
Cantam os anjos:´
“ - É saudade que vem do ar da noite! Das visões dos teus olhos! Do tecer do teu consciente no símbolo do céu  celestial do amor! Dos alcanço das tuas ideias pelo o círculo infinito da batida do teu coração! Que bate...! Olha-te e escuta-o, porque, no seu instante, saberá como te tocar! "
Ah! Saudade! Esclarece as influências das tuas conceptualizações que são retroativas aos primeiros olhares da doutrina do amor, que projeta a sua intuição e seu sistema fenomenológico nos seus movimentos, pelas as ardências do coração, acrescentando com precisão, a benévola transparência sensata de receber o teu título brilhante na língua, como vinculo marcador dos teus delírios eloquentes! O teu mais alto grau de concentração estar no coração da alma e na área da face que marca o teu mover pelas as linhas da pele, que sente os teus sinais e abalos. O meu ego estar assinalado com o principio da tua introdução: a língua a se mover nos lábios, e nesta composição, voo alto nos textos pomposos de sabores do teu fluir, cheios de asas alçadas e majestosas!

     Quero te tocar, ó saudade! Deve ser corpórea, porque tens gosto e faz acelerar o calor da pele que vasculha no íntimo o seu refrigero.
É o desenvolvimento do espírito na unidade subjetiva da sua alma, que trabalha silenciosamente, pensando nas leis do teu sustento e o ponto do teu andar que é o objetivo dos seus passos: O doce...
A tua totalidade abrangente me eleva a sucessões de ais que se completam com os teus toques saudosos de alegrias.

Saudades... O clássico da clareza, onde o seu original é sentido: No perfume do ar que se levanta nas narinas. No cântico de um som que o eco responde: É dela! Na oscilação dos sentidos que só palpitam por ela! E nenhum coração resiste a sua influência e o cenário imortal das suas paixões!

     Penetra o intocável e ataca o frio e calor da pele! Uma viagem em torno da sensibilidade, e o seu círculo, o caminho romântico, é a sua potência que influem nos conteúdos do coração que se ver largamente apaixonado.
A força da sua forma leva a raiz do afeto a servir como tese universal ao método dinâmico da aplicabilidade dos olhos no puro existencialismo, o qual sentimos, que não mais dependemos de nós mesmo! E ai, funde-se o pensamento enamorado que somos dois. O sistema é interpretado e as suas lógicas não são abstratas, porque toca o testamento da nossa elucidação.

Que gigantesco painel esculpido a mãos pelo o deslocar dos calafrios, onde os dedos no corpo faz estremecer o forte sistema durador da saudade! Eu levo as suas marcas e a antítese dos seus risos; as lágrimas, que produzem o seu cheiro, o seu gosto. A sua influência no meu ser não estar apenas na carne, e sim, marcado no espírito pelo o selo da promessa que tanto suspira os meus sonhos! Seu ciclo absoluto estar em sequencia cronológica: quando te vejo, sinto teu cheiro, fecho os olhos e sorvo a tua essência. É aquilo que se chama amor. Ela é transfiguradora da minha matéria e na minha fonte sempre vem se esbaldar do principio da minha identidade... Afinal, ganho os seus pensamentos e a sua permanência no particular dos meus olhos e na dimensão elevada do meu ardor.
       Saudade... Canta agora todos os seres da terra.
Ela vem não mais em sua forma original, dentro do meu peito. Ela vem sempre transfigurada, através de intuitivas manifestações de risos e lágrimas.
Mutações! Sentimentos contínuos, dotados de expectativas e atuações de infinidades momentos de complexidades de êxtases.
Eu sinto que dentro da saudade, exista algo que me pertence , à disposição das minhas ideias, que manipulam seu mundo subjetivo, em séries, das suas convenções, que na minha pele são mais visíveis e vivas, obedecendo assim, a sensualidade, os desejos da sua concepção que nas minhas entranhas, causam-lhe a admiração por ser talhada por um ser que verdadeiramente ama.


     Assumo a tua simbologia nos meus olhos e nas tuas asas de luzes, represento a fragilidade, por que ela me congela e modifica o estandarte do meu ser. E dentro das tuas ações, não mais sei se eu é que vivo nelas ou são elas que vivem em mim...
Saudade... Eu tenho os teus monólogos e os teus efeitos na minha pele.

      Eu me rendo a ti, ó saudade! Eis que possuo a sequência dos sussurros do teu espírito romântico. A tensão ativa dos teus domínios e as conexões fundadoras dos teus campos, que são de fogo e coagulam a minha pele no teu sintoma, metaforizado de sol ardente, por dentro da minha alma. A tua parte que não é exposta aos meus olhos é mais sensível  na matéria, quando olho o teu pulsar, através da tua pele, sinto os teus progressivos passos por dentro de mim, a convidar-me, a brincar, com as tuas manifestações, alcançando assim, na minha mente, o sublime aspirar pela a tua percepção no universo enamorado do meu sentido, criando leis, como em formas de preces e orações para sentir melhor o teu deleito...

Respira, ó saudade! E faz impulsionar a tua delícia para a dança definida da minha língua, tonteada pelo o teu gosto que jorra do teu interior...
Bate, ó saudade! Por que sei agora que tens corpo, espírito, gritos e vive até no meu sonhar.

Um comentário:

  1. É a tal saudade...Tal como o amor nos torna mais sensíveis e ávidos a permanecer num esplêndido sonhar. Ah!! Saudade.. palavra que pode ser tão triste quanto alegre, mas que descreve sentimos inerente a nossa vontade e isso, só acontece quando amamos alguém de longe ou de perto. Amamos como ser humano ou pode ser um amor filial ou maternal ou paternal, ou um amor que é sinônimo de amizade querida ou amor por aquele que um dia
    percebemos ser a nossa cara metade. No entanto, estes ou aqueles podem estar distante no espírito ou fisicamente,mas são amores que nos causam saudades, cortando e dilacerando nosso coração pela falta que causam, pela ausência, pelo tempo perdido que não volta , pelos acontecimentos vividos, pelos olhares trocados, por aquele sútil toque nas mãos , um tímido beijo ou um abraço apertado quando se chega ou se sai.Ehhh...A saudade .. ela sempre existirá entre as pessoas que se amam, estejam perto ou longe. Ela sempre existirá...
    Parabéns pela ode a saudade, que te move a pintar nas linhas o rosto e o amor pela tua saudade!

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