terça-feira, 29 de novembro de 2011

POR QUE CHORAS, Ó LÍRICA ALMA?


   A verdade é que só chove! Mas o meu espírito capta para o seu mover, a ciência de um só conteúdo, nos sentimentos que bailam na eterna morada da sua espera. O altar foi postado. A sua insígnia fica a espreita dos manjares e o meu corpo perambula pela a febre ardente dos seus sonhos.

O que é isto? A zona de uma concepção perplexa! Sobre uma inquisição do fogo da ciência, que determina a abertura dos seus significados e dos exercícios de liberdade de um espírito, que um dia sonhou em amar? Entretanto, só chove! O que é isto? É preciso decifrar o enigma do seu mistério! A trágica condição de um ser lírico que transita na grande vontade de sobreviver nas espumas dos sonhos! Devo aprender as lições que são interpretadas no descer das lágrimas e na elucidação da chuva que cai no interior, provocando assim, que ainda sou ingênuo e frágil. E aqui só chove...

- Por que choras, ó lírica alma?
Assim pergunto e também respondo:
          - “Por acaso, não mais transmigra pela a dualidade do meu corpo e não mais te envolves com o esquema positivista da imortalidade dos meus sentimentos”? Não mais há os epifenômenos da consciência com os teus paradigmas sensatos e verdadeiros? E eu oscilo dentro e fora de mim, como uma porta visionária para me acalentar, trilhar bem os meus pés.

Vislumbro as minhas indagações, explorando o seu interior, onde quero postar o meu cenário. Quero arrancar do meu sono os inconscientes de belezas que suspiram enquanto durmo, alternando assim, o meu estágio solitário. É preciso decifrar o enigma do meu mistério! A trágica condição de um ser lírico que transita na vontade de sobreviver nas espumas dos sonhos! Quero buscar a minha interioridade e decretar as pulsações que iluminam a luz súbita da minha consciência. Buscar as sensações inadaptáveis dos meus dias de lágrimas! Definir em mim o conceito das recordações de luzes cheias de orgulhos.
Por que choras, ó minha alma? Assim pergunto e também respondo:

         "- Já não mais vejo as incursões dos teus olhares e a ausência da afabilidade dos teus sorrisos de esperança, que são esmagados pelas as perpétuas indiferenças do meu coração febril.
Oh! Pretendo invadir os caminhos do meu ser e levar-te a visão da primíssima do amor! Permear e afirmar a renovação das temporalidades no eterno-presente do meu coração! Quero te imaginar como consciente no conhecimento incessante do ato do amor, servindo de guia na iluminação dos leigos terrenos que te leva às dores!

   Revela-me as múltiplas expressões dos teus sorrisos? Faz deambular nos meus lábios os extremos da metafísica erradicados no meu coração e traz a minha concepção de volta! Oh! Alta-consciência do Eu-Sou-Isso? Exaustivas são as lágrimas que me afoga? Por que a mulher desejada pelo o meu coração é um fruto possuído pelas as bocas que proclamam o êxtase da carne. Perverte-se e o seu inventário se torna um campo destruído com nódoas de confissões que dizem que ainda é o amor. Oh1 Devo beber a minha herança e possuir o Ser e o Nada como vestimentas do meu corpo? Mas, eu estou nu! O meu amor foi pervertido, enlouquecido pela a boca que programa o doce da vida!
Estou adormecido e o sono do meu corpo, na sua evolução, evoca os mensageiros das emoções que fazem os seus movimentos, e, quando me desperto, poucos lúcidas são as ilusões que se rompem nas sensações, não assimilam as múltiplas palpitações de doçuras e sabores que vivo estar o espírito que plaina no céu da verdade...

Por que choras, ó lírica alma? – Assim pergunto e ela me responde:
" Por que sou uma noite onde a sua claridade faz plainar o ato do meu fascínio!  Abra-te os olhos porque eu...
Sou aquela que se move
Triste e sem doce sabor
Uma solitária sofrida alma
E que sem nome assim virou
 Caminho no árido deserto
Tão erma e melancólica
Sussurrando frases ao vento
E o sem nome ali também chorou
Chorou desesperadamente
O vento sua lágrima roubou
Jogou-a no solo seco
E a areia dela se apossou
Seu espírito não mais  canta
O seu cantar desafinou
O sem nome chora pela a alma
Que também sem nome virou
Que sina! Que profunda
dor!
O sem nome ali passou
Solitário o coração gemeu
Nos espinhos da chaga do amor
Sem nome não é ele
E nem a sua alma que sonhou
Ah! Quem sabe, será o mundo?
Pois foi dele que o seu mal herdou..."



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